quarta-feira, 11 de junho de 2014

Notícias Família Nunes - Junho 2014 :)

                                                   São Paulo, 11 de Junho de 2014.

“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales; porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade”.
Atos 18:9 e 10

Nossa carta deste mês terá nada menos do que um tom reflexivo sobre o momento esportivo que nosso país viverá a partir de amanhã. Sinto-me privilegiado por ter nascido nesta geração. Sou um adepto do esporte, confesso que mais por paixão e conhecimento do que por talento e prática.

Cresci ouvindo meus pais, tios e avôs contando inúmeras façanhas de grandes heróis do esporte que eu não tive o prazer de ver: histórias de Sócrates, Pelé, Didi, Nelson Piquet, Alain Prost, Serguei Bubka, Zico, Michael Jordan, Airton Senna.

Durante minha infância, comecei a procurar meus próprios heróis, referências que me ajudassem a criar não somente uma identidade esportiva, mas para moldar meu caráter como cidadão e homem.

Enquanto meu acesso era apenas aos heróis nacionais tive certa dificuldade em encontrá-los, afinal Senna faleceu, Ronaldo ainda não havia surgido e os poucos heróis esportivos que se candidatavam ao cargo, por vezes não tinham uma vida muito exemplar a ser seguidas por um garoto.

Com o advento da tecnologia e um maior acesso à informação, vieram as possíveis referências.

Minhas manhãs de domingo, diferente das de meus pais, passaram a ser preenchidas por um talentosíssimo alemão de nome estranho Michael Schumacher, ao invés de um nome tão familiar como um da Silva.

Já no esporte Bretão, surgia Ronaldo que viria a ser o maior artilheiro das copas, além de vencer duas das quatro que disputou, sem contar nos eleitos melhores do mundo; Kaká com todo seu bom mocismo e uma incrível convicção de Fé; Ronaldinho gaúcho, menino de sorriso largo que mudou o status de uma região na qual foi ídolo, trouxe uma nova vida à região da Catalunha.

Para não ficar como um bom brasileiro falando apenas de futebol, quero citar e fundamentar o privilégio de ter nascido nessa geração com alguns nomes.

Lembro-me de ter chorado ao ouvir um narrador gritando “é um deus” ao ver Usain Bolt vencer sua sexta medalha olímpica e quebrar seu quarto recorde. Ver Yelena Isinbayeva quebrando recordes mundiais a cada competição, centímetro por centímetro. Phepls um “super homem” de verdade que dentro de uma piscina se tornou o maior da história em olimpíadas e campeonatos mundiais.

Não sei dizer quantos títulos comemorei com as equipes de vôlei de Zé Roberto e Bernardinho, e também de vibrar com a primeira final olímpica do vôlei de praia entre duas duplas canarinhas.

Não posso deixar de falar sobre o “exemplo” Daniel Dias que cansou de me levar às lagrimas mesmo com suas limitações físicas. Ver Nadal e Federer nos embates cinematográficos de 3 a 4 horas de jogos sem ter nem ideia de quem iria vencer. É privilégio pra poucos amantes do esporte.

Tenho certeza de que você pode me questionar sobre a potencialização da ciência como resposta a tais feitos. Mas eu não estou falando dos métodos, roupas tecnológicas ou super alimentos.

Simplesmente sinto-me privilegiado por poder fazer parte de uma geração que tem seus próprios heróis, uma geração que terá suas próprias histórias para contar e não vou me ver obrigado a recorrer sobre causos e histórias dos meus pais e tios.

Já terminando me pego com os dois maiores eventos esportivos acontecendo no quintal da minha casa, Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. E isso me leva a uma reflexão de o que farei com todo este apreço, toda esta paixão. Não só no Brasil, mas num futuro próximo em meio a povos não alcançados.

Na verdade chegou nossa hora, não apenas de viver esses eventos como fatos históricos, mas chegou nossa vez de mostrar ao mundo o que realmente nos move: a nossa fé. Chegou a hora de aproveitarmos essa oportunidade pra disseminarmos o amor que Deus nos deu como presente por meio daquilo que ele nos concedeu como paixão.

Que nós, como o apóstolo Paulo no capítulo 18 de Atos, que historicamente aproveitou o acontecimento dos Jogos Ístmicos para evangelizar utilizando-se do contexto no qual estava inserido, façamos o mesmo.

Que sejamos capazes de abrir nossas casas e igrejas, aproveitando as oportunidades que esses eventos nos proporcionam, para testemunhar do amor do treinador maior (Jesus). Afinal viver e ouvir são dois extremos que envolvem uma mesma paixão.

Que cada um de nós possa contar suas próprias histórias do esporte, mas que também possamos contar as histórias do que Deus fez na vida das pessoas por meio do esporte.

Continuem a orar por nós. Temos viajado e falado em diversas igrejas sobre a relevância do evangelho nos dias atuais e a necessidade da igreja em se envolver com missões, expandindo assim sua influência e o amor de Jesus a povos, línguas e nações.

Com gratidão e no amor que nos une,

Jhonatan e Ana Elisa – Família Nunes

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