terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Uma visita especial

Pemba, 24 de janeiro de 2011.

Despedidas são sempre tristes quando não se quer separar, quando não se quer despedir, quando se quer continuar com a presença da pessoa...
Me despedir do Rafa foi um processo de lágrimas q rolaram pouco a pouco... um processo de aceitação q iriam com ele somente algumas bagagens minhas, mas não minha presença...
Quem estava voltando para o Brasil era ele e não eu...
         Nossos dias em África foram recheados de sorrisos, de confissões, de gírias e palavreado com um português brasileiro do bom...
          Foi preenchido pela companhia, pela convivência marcada por laços de sangue, por divergência de idéias, por gargalhadas altas e sinceras, por olhares entendidos, por discussões e bravezas comuns àqueles q se chamam irmãos...
          Minha casa se encheu da presença alta dele, do som do tocar de um violão emprestado... onde músicas antigas foram desenterradas, lembranças dos anos de adolescência e infância trazidas à tona: “Satisfação é ter a Cristo...” , “A vitória é daquele q o adorar...” , “Em todo o tempo eu louvarei ao Senhor...” , “Aquele que sonda o meu interior...” ,  “Solta o cabo da nau...”  , “ Na estrada em que eu andei, eu pensei daria certo... pá,pá, pá pá...” , “Há momentos que na vida...”  , “É hora de não olhar pra trás...” , “Entoai saltérios, entoai ó harpas...”,  “Logo de manhã...” , “A vida minha vida, era muito doida...”, “Conheci um grande amigo, ele é filho de Deus Pai...” e muitas outras...
           Esse tempo de cantorias juntos foi o meu favorito... como também o dividir a mesa, ouvir ele me chamando de Tata, andanças de moto, a pé, de barco, de caminhão, no sol, na chuva...  ter notícias políticas e econômicas do meu Brasil brasileiro, notícias de como a Manuela tá se tornando uma menininha adorável e expressiva... e tudo isso sob a perspectiva  dos seus olhos e percepções... ahhh... não teve preço!!!
           Poder compartilhar minha vida, meu dia a dia, meu ministério, minhas alegrias e decepções com alguém que vai entender meu falatório sobre Mocimboa... dividir quarto de hotéis limpos, sujos, assistir filmes, dividir a cia ao ler livros em silêncio mútuo, de bom dias e boas noites...
           Aqui só fica um vácuo... um  saudade doída e apertada... um nó na garganta que não passa... mas uma alegria e satisfação pelo vivido e pelo compartilhado...
            Depois dessa viagem minha relação com meu irmão nunca mais será a mesma... e minha oração é para que continuemos a trilhar nossos caminhos na presença de Jesus, dividindo laços de sangue e carinho, respeitando nossas individualidades, decisões e idéias...
           Amo vc Rafa e obrigada por ter vindo!!!

            Bjos da Tata



2 comentários:

  1. Queria ter estado com vcs... Ao ler os trechos das musicas...me vi sentada cantando junto.... Que delicia!! Amo vcs meus irmãos!!!

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  2. Só faltou a nosa caçula mesmo... mas cantaremos juntos em alguns meses!!! Amo vc Mi... Bjos da tata

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