segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Mocimboa da Praia, 1 de agosto de 2010.

Hoje, dia 1 de agosto de 2010, completo um ano em Mocimboa da Praia!!!
Quando volto os meus olhos para esse um ano q se passou, encontro uma outra Ana Elisa a olhar essas terras pela primeira vez, a titubear se daria conta ou não...
O que mais ouvi dos meus conterrâneos brasileiros, foi quão surpreso eles estavam por eu ter agüentado esse um ano... pois ninguém esperava q um dia eu fosse capaz de deixar minha família pra trás...
Sozinha e pelas minhas próprias forças isso não seria possível mesmo... mas nesse um ano descobri que eu não sou nada... e que Ele é tudo em mim...
Neste um ano descobri também que:
  • Saudade não mata;
  • O ser humano é totalmente adaptável;
  • No convívio com outra cultura, a sua é apreendida de forma mais profunda e real... hoje respeito mais a minha gente e tenho um orgulho profundo em ser brasileira;
  • Conviver com outra língua nos faz mais humildes na medida em que nos percebemos usando um vocabulário precário e infantil para nos comunicar...
  • Que o silêncio é melhor do que o muito falar...
  • Sou mais forte do que eu pensava ser;
  • Sou engraçada... e quão inusitado foi perceber isso... hahahaha...
  • Posso falar em público sem me desesperar;
  • Preciso aprender a receber presentes e elogios, sem me sentir constrangida e na obrigação de retribuir algo imediatamente...
  • Amo falar português... nossa... como eu amo!!! rss...
  • As músicas que nos vem à mente do nada são as antigas, aquelas da infância... e viva Vencedores por Cristo, Grupo Elo, Harpa Cristã e por aí vai....
  • Tenho a mania da minha vó Ester de guardar saquinhos de supermercado no guarda-roupa;
  • Não suporto ficar com os pés molhados no chinelo depois do banho;
  • Posso ficar sem fazer minhas mãos, mas é impossível ficar sem fazer meu pé...
  • Cabelo cresce mais rápido do que se imagina;
  • Música e leitura são vitais para sanidade mental...

  • Amo, amo, amo padarias e como é difícil viver sem elas...
  • Tudo o que é embasado no amor e no respeito não se perdem com a distância, mas se solidificam com a saudade...
  • E ainda... que a paz em Jesus é real...
Aprendi, reaprendi e vou continuar aprendendo que “dele, por Ele e para Ele são todas as coisas...“ (Romanos 11:36)

Te sirvo porque te amo meu Senhor... obrigada por esse um ano de fidelidade, amor e carinho...
E obrigada a todos por estarem comigo nessa curta caminhada...
Viva um ano em Mocimboa da Praia!!!

Bjos
Ana

6 comentários:

  1. Tata, você é linda!
    É uma delícia ler sua vida por aqui,admiro sua força, submissão e entrega total a DEus.
    Te amo, em oração - Mari

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  2. Oláá Ana..
    sou da IPI de rolandia..
    estamos smp orando por ti..
    fica com Deus..
    beijo

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  3. Se você soubesse como eu fui feliz em Mocimboa da Praia - Nandwadwa (sporting) nos anos de 1973 e 1974, anos de guerra. Mas eu era dos Serviços de Saúde e primeiro estive em Antadora a caminho de Pemba antes do Chai, pelo que era muito amigo das pessoas daí, tanto Macondes como Makwas. Gostava muito de localizar a Mina que era a mulher do Alferes Justo, e o Bartolomeu Selemane Saíde que agora julgo residir na Mwenge. Pode localizar ele? Obrigado por a ler e pelas suas fotos deliciosas.

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  4. Parabéns pela vitória... Que seja o primeiro de muitos outros. Deus é com vc!! Saudades.

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  5. Olá queridos... fico feliz com os comentários e agradeço as orações e o carinho... Valentim e João, vcs podem me mandar seus emails, para eu entrar em contato com vcs? Obrigada!! Meu email é o que está no blog: aelisamessias@yahoo.com.br

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  6. Oi Ana Elisa. Achei bem interessantes as suas descobertas e uma das que mais gostei foi ter dito que ama falar português. Eu também, sou apaixonado pelo nosso idioma. É bonito, eu o chamo de "arredondado", ele não tem arestas e nem pontas. Acho isso porque, ao contrario da maioria dos demais, no português quase não há encontros consonantais, sempre há uma vogal entre consoantes, as exceções são com "r", "s", "l", que não tiram a suavidade do som. E é também racional, na medida em que é possível um idioma sê-lo. Que Deus a abençoe.

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