quarta-feira, 23 de novembro de 2011

De volta a África

Johanesburg, 15 de novembro de 2011.
 
São 5 da manhã e o fuso horário me pegou de jeito desta vez...
 
Menos de 4 meses atrás eu estava dando adeus a este continente e cá estou eu outra vez... respirando ar puramente africano com mil pensamentos e sentimentos rondando meu coração....
 
Chegar aqui de novo e encarar o q vem pela frente me fez chorar...
 
Chorar pelo novo e desconhecido q tem se descortinado aos poucos... Mas acima de tudo chorei pelas responsabilidades impostas ao estar numa jornada rumo ao outro... a servir ao outro... a mobilizar pessoas a saírem de suas zonas de conforto e atender o chamado de viver uma nova proposta de vida e ideais...
 
 
Ler suas palavras sempre me emocionam... Ela é somali, ex-muçulmana e hoje atéia. Rompeu com suas crenças e fugiu de um casamento imposto pelo seu pai. Hoje vive nos Estados Unidos lutando contra todas as formas de violência contra a mulher, por direitos e igualdades, pela não opressão religiosa... luta pela liberdade...
 
E o que mais me alegrou é q ela cita a comunidade das igrejas cristãs como uma das instituições que hoje concorrem contra a luta santa dos muçulmanos, tentando ganhar seus corações e mentes para uma nova concepção de vida...
 
“ Tive o prazer de conhecer cristãos cuja concepção de Deus difere muito do que os muçulmanos têm de Alá. São membros de uma cristandade reformada e parcialmente secularizada que seria uma aliada útil na luta contra o fanatismo islâmico. Esse Deus cristão moderno é sinônimo de amor. Seus agentes não pregam o ódio, a intolerância e a discórdia; esse Deus é misericordioso, não almeja o poder temporal e não concorre com a ciência.”
 
E foi aí q me dei conta que estou hoje de volta à África, dentro de treinamentos e debates com um único propósito: continuar lutando pela salvação em Jesus e para uma nova vida para as mulheres muçulmanas pelo mundo a fora...
 
Estou aqui pelas Zainas, pelas Zuras, Sifas, Saras, Ágatas, Fátimas, Manadjumas...  Estou aqui porque acredito que o meu Deus é esse Deus de amor que ama as mulheres muçulmanas. Que tem uma nova opção de vida para elas, que pode proporcionar esperança, paz, qualidade de vida... que pode trazer conforto, afeto e restaurar seus sonhos...
 
É porque Ele me amou primeiro que eu amo essas mulheres q ainda nem conheço... é porque ele me salvou dos meus delitos e pecados, restaurou meus sonhos e me trouxe uma qualidade de vida excelente em sua presença, me dando paz e esperança, q eu continuarei nessa empreitada de passos rumo a proclamação do amor de Jesus a mulheres muçulmanas... seja onde for...